quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fica para sexta

Tenho sensações diferentes a cada música de Jason Mraz que ouço. As novas não me tocam muito. Mas as velhas me dão uma espécie de banzo.

Saudade de uma época que ainda nem passou. Mas é que Jason Mraz surgiu na minha vida em uma época em que tudo estava mudando. Então eu acho que ele tem cara de mudança. Quer dizer, as músicas velhas dele. Que nem são tão velhas assim.

Estou falando dele porque, finalmente, aquela lombriga vem cantar por estas bandas. Oba!

Mas agora estou ouvindo uma nova e também tem cara de saudade. Sei lá, acho que as músicas dele não são deste tempo. Deve ser isso.

Academia
Claro, claro, eu tenho de falar sobre meu assunto preferido de todos os tempos (foi uma ironia): malhação. Olha, depois de chegar em São Paulo às 2h para estar no aeroporto às 10h, só deu tempo de resolver coisas de cartão de crédito e ir embora. Nem adeus mamãe rolou.

E entre 2h e 10h, só pude desarrumar e arrumar as malas, fazer ligações monetárias, morrer, ressucitar, mas não deu tempo de trancar a academia. E eu não sei porque não recebi mensagens de súplicas dos instrutores, me implorando para voltar lá. É por isso que grilei e não voltei. Mentira, é que voltei meio zoada destas férias e estou dando um tempo.

Era para eu ter voltado hoje, mas eu esqueci o caminho. Também não voltei porque não queria lavar o cabelo. Na academia eu fico muito suada, e se eu não lavo o cabelo, ele se desintegra com a acidez do suor e cai. Já aconteceu isso uma vez.

Qualquer desculpa é válida. Posso voltar amanhã. Sextas-feiras são dias ótimos para voltar à academia. Não está lotada, não tem DJ, é mais tranquilo.

Se eu inventar a desculpa de ir à academia para comprar sapatos pretos de couro sem brilho e sem salto, eu volto amanhã mesmo. Se bem que usei esta desculpa comigo mesma hoje, mas não resolveu.

É que os sapatos são uma necessidade, e não um luxo qualquer. O que posso comprar que seria totalmente supérfluo e me incentivaria a ir à academia?

Cristais swarovsky.

Ah, a academia fica dentro de um shopping.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Depois da viagem, continuo na viagem

Antes das férias eu coloquei dois livros na listinha aí da direita. Pois é, empaquei. "A Viagem do Elefante" está muito longa, e desisti de "Terras Baixas", por enquanto. Estou com vontade de ler alguma coisa mais séria. Mas neste momento, exatamente neste momento, não estou com vontade de ler.

Mas que estou com vontade de ler algo mais sério, mais clássico, mais cabeçudo e mais chato, estou.

Antes de ontem estava com vontade de ler algo mais histórico, mais real. Acho que esta vontade continua.

Então é isso. Aí fico na Viagem do Elefante até a confusão passar.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O que eu fiz nas férias

Viajei sozinha
Vi a neve
Cheirei a llama
Bebi umas coisas estranhas
Passei mal
Voltei a comer ovo
Pus os pés no Pacífico
Tirei fotos
Andei muito
Emagreci
Vi céus azuis
Vi chuva, muita chuva
Perdi o voo
Mas ganhei tempo
Vi o Chuck Norris fake
Tentei falar espanhol
Vi um rio limpo e depois um rio sujo
Rezei
Sonhei com minha vó
Senti saudade
Visitei uma casa em que queria morar
Bebi vinho
Senti frio
Conversei
Cansei
Descansei
Brinquei
Tomei café ruim e café bom
Dancei
Fiz amizades
Reencontrei bons amigos
Senti calor
Meu nariz secou
Experimentei frutos do mar bizarros
Consultei mapas
Resolvi problemas
Ui ai.
Atóron.
Viajei sozinha, de novo
Mas fiquei bem acompanhada, sempre.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Iuhul

Uma coisa nova acontece comigo há uma hora e quarenta e cinco minutos. Pela primeira vez na minha vida trabalhística, estou de férias!

OBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Eu não imaginava que fosse aquele sentimento parecido com o que temos quando estamos de férias da escola. Mas é! Igualzinho.

Aquela coisa boa, mas estranha, porque amanhã não precisarei acordar cedo, não terei muitas obrigações, não vou ter horário para dormir, posso passar madrugadas acordada, não precisarei almoçar na hora do almoço, e posso ficar dias sem tomar banho!

Só falei coisa boa, né (tirando os dias sem banho). A coisa estranha é que, assim como nas férias escolares, já estou com saudade das pessoas.

Mas tem hora que é até bom sentir saudade!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Vendo um pé de meia

Eu sou uma pessoa meio folgada. E eu detesto usar sapatos. Sinto calor demais no pé. E sandálias são muito desconfortáveis. Até Havaianas me incomodam. Só não fico descalça em casa. É porque o chão é frio. E às vezes fico semanas sem limpar o chão. Então não recomendo nem a mim mesma andar descalça pela minha casa. Meu pé pode ficar preto e a época do pé e dos joelhos ficarem pretos já passou, né, Ludmilla, você é uma pessoa crescidinha.

Só que eu fico numa boa descalça no trabalho, descalça na praia, descalça na casa dos outros.

Além de folgada e com calor no pé, sou estabanada.

E deixei minha meia cair do quinto andar. Ela simplesmente pulou da minha mão. E meu chulé nem estava tão ruim assim.

Aí fui embora para casa com um pé com meia e o outro sem. Desconfortável. Mas o pé sem meia ficou mais espaçoso dentro do tênis.

Eu não sei direito onde a meia caiu, estava escuro. Era noite. Mas o tênis estava me incomodando demais. Se não houvesse tanto verme e cocô no mundo, eu só andaria descalça.

O que eu faço com o pé de meia que sobrou? Uso para coar café?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Francês, francês, férias

Eu coloquei dois livros aí na lista dos que estou lendo, mas na verdade, acho que vou parar tudo e ler um que está escrito em francês.

Ai, falando nisso, lembrei que tenho de entregar um trabalhinho do francês para minha professeur.

Nesta semana, minha última antes das férias, eu entro todos os dias à tarde.

Agora me dá licença que começou o Bob Esponja.

domingo, 27 de setembro de 2009

Foi só um sonho. Que não acabou

Noite passada eu tive um sonho muito realista. Só que era só meu sonho, só minha imaginação. Uma pena. Eu estava tomando as iniciativas no sonho. Todas elas. Era tão fácil e simples e rápido e legal.

Mesmo assim eu acordei feliz, mesmo sabendo que o sonho seria algo quase impossível de ser realizado.

O dia de hoje foi bom. Tive um sonho bom. Acordei cedo. Peguei um ônibus vazio. Sentei na frente de uma menina que cantava bem alto. Só fui perceber que era "Banana Pancakes" depois de um tempão. Se eu tivesse coragem, cantaria junto. Quer dizer, eu cantei junto, mas não cantei tão alto.



Ela cantava com uma voz meio estranha. De gente que ouve música no fone de ouvido. Que nem a putinha naquele filme de mulherzinha (vá direto para os 3:33):



Depois, na aula, eu falei um pouco de francês, ouvi também, escrevi também. Na volta, vim falando besteiras. Destas que a gente fala quando temos colegas que mal conhecemos.

Virando a esquina do meu quarteirão, comprei um colar de um moço que tem cara de músico peruano, mas que deve ter trocado de ramo. Vender aquela música de Celine Dion com som de flauta peruana já não deve dar tanto lucro. Ele precisava de dinheiro para alugar uma quadra de futebol. Como era por uma boa causa, não resisti e comprei. Acho que nunca vou usar este colar na vida.

Passei na livraria e pedi um livro, mas não tinha mais. Fiquei até aliviada, senão acabaria comprando. É que eu vou comprar livros nas minhas férias. E não vou passar minhas férias comprando livros na livraria do meu quarteirão.

Chega do meu quarteirão, por enquanto. Vou ali verificar se o Brasil tem um quintal mesmo.

Também quero ver se o pão é doce. E também quero experimentar o café de uma tal máquina misteriosa. Também quero conhecer o Metrópole usando meu All Star, que já está encardido. Também quero saber o que é mamar no jacaré.

Mas isso ainda pode esperar. Por enquanto, quero saber quem pode cuidar da minha fazendinha, do meu girassol, da minha violeta, do meu ficus. O orégano morreu.

Também quero saber onde tem máquina fotográfica boa e barata. E com garantia.

E enquanto tudo não acontece, enquanto tudo é só um sonho, eu encontro novas músicas preferidas. A mosca morta está com disco novo:



Mas eu ainda prefiro esta:

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Não leia a última frase

Acabei de terminar de ler "As Intermitências da Morte", de Saramago. Genial! Estava esperando algo parecido com "Ensaio Sobre a Cegueira" ou "Ensaio Sobre a Lucidez", aquela coisa que começa pequena e de repente vira um caos, mas não veio nada disso.

Bom, é uma história que começa pequena e vira um caos, sim. Só que outro tipo de caos, do nada começa outra história meio estranha, e você só vai entender o livro inteiro depois de ler a última frase, na última página.

Portanto, se você ler o livro, recomendo (espero não ter dito algum spoiler) que guarde todas as suas curiosidades e não leia a última frase antes de terminar. Senão vai perder toda a graça.

Eu nem consegui conter meu "há!" depois que li esta última frase do Saramago. Mas é que eu também sou bobinha e sempre me surpreendo, exceto quando estou assistindo a filmes. Os livros me enganam mais facilmente. O vídeo da mulher louca pedindo para que joguem o chip dela também me engana.

Pois voltando ao Saramago, estava no ônibus quando terminei de ler. Nem fiquei olhando para os lados, mas acho que me olharam desconfiados. Eles não estão acostumados, mas eu já me acostumei com estas minhas interjeições em público. Lendo Saramago, que é genial então, nem ligo, tenho de externar minhas satisfações.

Sobre ler a última página
Quando eu era criança, eu não conseguia me conter. Meus dedos ganhavam vontades próprias e, lentamente, abriam a última página do livro. Primeiro, o número da página. Depois, só um tiquinho, só uma palavra. E fechava. Voltava para a página que estava.

Só que a tentação continuava. Abria de novo. Os olhos meio que fechando, as mãos por cima das letras, para que eu não lesse nada sem querer.

Passava um tempo e a coisa estava feita. Já tinha lido a última frase.

Hoje eu me controlo. E hoje eu me surpreendo mais. Só que quando era criança, eu fingia que tinha esquecido o final, só para não perder a surpresa. Mas mesmo assim o Saramago é gênio.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Quase férias

A lista de livros do lado está tão desatualizada, tadinha. Mas eu acho que perdi a conta dos livros que li depois do 1984. Um dia eu atualizo com calma. Talvez no domingo.

Esta animação UP é muito triste e melancólica, quase melou meu final de semana se não fossem as promessas das minhas férias. Pronto, já achei um tema para falar no post de hoje.

Sobre as minhas férias
Pela primeira vez na minha vida pós-estudantil, vou tirar férias. Pois como é a primeira vez, quero fazer tudo, aproveitar todos os dias.

Pensei em mil coisas, fiz mil planos. Mas ainda tenho dúvidas. Mas não adianta me dar sugestões porque piora.

Certeza, só tenho uma: vou viajar.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Como foi o VMA para mim

Uma mulherzinha loira ganhou o prêmio, aí o negão subiu no palco e falou que o prêmio tinha de ser da Beyoncé. Eu também acho, a loirinha era muito mosca morta, e ainda falou que canta country.

A loirinha ficou triste e cortaram o microfone dela. Mas depois ela se recuperou, pôs um vestido vermelho, cantou no metrô e subiu num táxi no meio da rua.

Aí teve aquele traveco da Lady GaGa que amarrou bem as coisas, botou um colant e jogou sangue no olho e enforcou o braço.

Depois a Beyoncé dançou com um maiô muito massa, e a mãozinha, e o pescoço quebrado, e super legal, aí fui dormir.

Chega, né. Muito adolescente para mim.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sem cultices, por favor

Agora eu tenho um All Star.

Eu, que sempre falei que usar All Star é coisa de gente que se acha cult. Coisa de gente brega.

Piorando: agora eu tenho um All Star xadrez.

Eu, que sempre dizia que calça xadrez e All Star xadrez é coisa de gente cult, gente brega, chata, afetada.

Para provar que eu não estou ficando maluca, e que nem me estou achando a cult, tenho uma explicação.

É que agora, All Star xadrez é super popular. Andei observando na rua, e até aquelas mulheres-clichês usam.

Mas isso também não quer dizer que eu sou clichê. Vou usar All Star xadrez com fitinhas coloridas de cetim no lugar do cadarço.

Mas não vai ficar cult, não. Que isso.

sábado, 13 de junho de 2009

Je m'appelle Stella

Ontem fui ao cinema assistir ao "Stella". Ótimo.

E hoje fui assistir ao "Minhas Adoráveis Ex-namoradas". Chato.

Ai, acho que virei uma cult mesmo. Agora só falta a calça xadrez, o All Star e os óculos de massinha.

Não tenho mais jeito na vida, é o fim.

Pois então vou falar de "Stella", que eu gostei. É a história de uma menina francesa pobre, filha de pais doidões, donos de um bar, que consegue estudar em uma escola de ricos em Paris.

Ela mora em um ambiente totalmente adulto, pobre, boêmio, prostituído, alcoólico. E estuda em uma escola totalmente hostil, rica, cocô, difícil, desafiadora.

Então ela arruma uma amiga muito gente boa. Destas amigas de verdade.

O filme é falado em francês, ainda bem, e é muito gostoso entender pedaços de frases. Queria aprender mais. Queria saber falar grego também. Quero muito precisar de um dia poder falar grego.

Voltando ao filme, é tão bonito, mas tão bonito, também tão triste, mas tão triste, e com tanta esperança, mas tanta esperança, que gostei.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Que sabão o quê, o negócio são as pérolas

Agora me explica o que é que esse "Clube da Luta" tem de tão especial.

É muito estranho o jeito que as pessoas falam deste filme. É sempre com aquele ar de 'é um filme tão foda, mas tão foda (desculpem o palavrão), que é até difícil explicar. Mas que ele contém todas as respostas para as suas dúvidas, tem'.

Então é o seguinte. Para mim é um filme que fala de:

(Atenção, galera, que vem spoiler por aí, e se você é um dos únicos como eu que, depois de milhares de anos e até uma novela da Globo inspirada no filme, ainda não assistiu, não leia).

Voltando, para mim é um filme que fala de um cara surtado e pirado e maluco (as três coisas são a mesma, mas é necessário frisar), que desenvolve uma dupla personalidade e resolve acabar com o consumismo no mundo. Só.

Tem uns pintos no filme inteiro, só para falar daquela coisa chata de mensagem subliminar. Tá bom que vi o filme mil anos depois, mas este assunto já encheu o saco antes mesmo dele terminar, em 1932.

E pronto!

E tem outra: hoje eu vi fotos de pérolas no Digicol, lembrei da Maria Antonieta e estou querendo consumir sapatos, doces e vestidos cheios de frufrus e cor-de-rosas como ela consumiu.

Isso quer dizer que o filme pode ter provocado um efeito contrário do que aquela mensagem que, talvez, quisesse passar.

E o Brad Pitt nem estava lá estas coisas. Para dizer a verdade, acho que ele tem cara de macaco albino. Sempre tive essa impressão.