sábado, 18 de dezembro de 2010

Bebês são imunes ao bocejo

É o que diz o estudo destes pesquisadores.

O bebê não começa a bocejar ao ver nem outras pessoas, nem outros macacos, muito menos outros cachorros. Ele é imune a todos os seus semelhantes. E você, que já passou dos 5 anos, não é.

Por isso, aí vai um monte de vídeos de bebês bocejando. Vamos tirar a prova se você também é imune:


No avião:

Para finalizar, um apelativo. Com musiquinha e várias cenas sonolentas.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Academia: um ensaio antropológico

Tá, não pretende ser um ensaio, está longe disso. Longe até demais. Academia, definitivamente, não é para mim.

Hoje estive em uma academia lotada de corpos malhados, abdômens e bíceps definidos circulando pelos corredores de vidro, como manequins vivos estampando os últimos lançamentos em uma vitrine de uma loja de roupas fitness.

Agora que escrevi esse parágrafo inteiro de clichês (convenhamos que vários best-sellers, inclusive brasileiros, adorariam copiar), vamos ao meu ensaio:

Fui lá fazer uma avaliação médica. Esta academia funciona como uma matriz: é grande e tem salinha de médico. Depois do médico falar que meu coração está bonzinho, aproveitei que estava com minha roupa fitness, mas com um corpo nada vitrinesco, para fazer uma esteirinha básica.

Só que a sala de esteira estava ocupada. Era hora de uma aula de running (corrida, em termos alienígenas). Mas algumas esteiras estavam vagas. Chamei atenção do professor, através do vidro (você ainda não acredita que a academia tem paredes de vidro, né), e pedi para usar uma das esteiras. E já deixei claro que não ia correr.

Ele topou e me deixou quieta no meu canto. Quer dizer, quieta mais ou menos.

A música estava ensurdecedora. Sério, meus tímpanos doíam. E era cada bizarrice atrás de outra: Lady Gaga, er... E afins (não sei o nome deste povo que toca esta música agitadíssima).

No meio da música, o professor assobiava. Como se fosse a final do Flu. E ele fosse torcedor do Flu. Aí a música acabava. E ele abaixava o som. Depois aumentava e era uma música pior ainda cheia de tunk tunks e fuó fuó, piriririri e ti ti ti ti ti ti. Chaaaaato...

As caixas estavam viradas para as paredes. Eu fiquei imaginando como é que aquele monte de vidro e espelho não quebra.

Então, deu nove e meia da noite e a aula acabou. O professor começa a soltar pérolas:

- Agora sim. Cadê as gorda? Cadê? As gorda? Tão onde? Onde elas estão a uma hora destas? Na Bella Paulista! Na Deôla! Comendo bolo! Comendo pizza! Tudo perguntando: gente, como é que vocês têm este corpo?

Uma aluna (nem preciso falar sobre o corpo dela) diz:

- É Deus, hAahHaHaAhahAHAha.

- É Deus e o professor aqui! Não quero nem saber, hein! Só quero que vocês coma alface e água! Nem gelatina light eu deixo vocês comer! Tchau!

E saiu da sala. A música acabou. Só eu ouvia o nhec nhec da minha esteira. Paz.

domingo, 31 de outubro de 2010

Estou preocupada

Porque a minha lista de livros aí do lado direito está muito mixuruca. A lista deste ano de 2010.

Sabe aquela impressão de que você andou lendo muito, mas não lembra o que você leu? Aí todas as histórias se juntam numa só e o livro ganha umas milhares de páginas?

Não é só impressão. Aconteceu mesmo.

O ano de 2010 foi (isso porque ainda não acabou, mas estamos quase lá) o ano dos livros infantis. Li muitos, explorei a coitada da biblioteca infantil que tem perto da minha casa. Foi bom para ter ideias. Só que foi melhor ainda para deixar de tê-las.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

As livrarias de hoje estão muito modernas para mim

Eu não resisti.

Hoje, na livraria. Uma mulher foi pedir dicas de livros parecidos com o tal "Melancia". Aí o vendedor se aproxima da prateleira em que eu estava, de literatura estrangeira, aponta para todos os livros da tal da coleção Melancia, e a cliente só repetia, meio mau humorada: "já li, já li, já li. Eu queria algo parecido, gosto de comédia."

O vendedor fica confuso, e relutante, fala algo como "olha, então, no estilo meio comédia, eu tenho... Er..."

Eu não resisti:

"Ó, este daí, 'Cem Anos de Solidão', é a maior comédia. É muito bom".

"Onde?", pergunta o vendedor, com esperanças de satisfazer a dona melancia.

Estava na frente dele.

Ele apalpou a capa e disse: "este eu nunca li. É comédia, então?"

E eu: "ô, das melhores".

Ele me ignorou, virou para a mulher: "ah, tem um que se chama 'Orgulho e Preconceito dos Zumbis'. Comédia, você já leu?" (não vou procurar o título deste livro no Google, deve ser chato como todos os da Jane Austen. Ah é, o nome disso é preconceito. Que seja. Sou preconceituosa).

E a melancia (ela era gorda, mesmo): "eu não gosto de comédia".

Que mulher mau humorada. E que vendedor sem vocação. E eu, que sem noção.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sobre a intenção de escrever

Há dias em que você acorda com vontade de escrever. Mas é escrever para resolver a vida. E cá estou eu novamente, em um destes dias.

Para resolver a minha vida, hoje é sábado e estou tentando terminar uma matéria. Até que está fluindo. Às vezes fica difícil escrever na redação. Se estivesse lá, não estaria tão animada. Mas como estou em casa, até que está fluindo. Estranho. Pelo menos para mim, já que detesto trabalhar em casa.

Mas aí é que está a questão. Não é estranho. É que gosto mesmo de escrever. E eu acordo com vontade de escrever todos os dias. E não só escrever para resolver a vida. Às vezes é só com a intenção de mexer os dedinhos e massagear o cérebro.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Minhas manias literárias

- Não gosto de ler crônicas, nem livro de contos;
- Não sou muito chegada a poesia;
- Tenho preconceitos contra best-sellers, mas sempre leio um ou outro;
- Gosto de ler na cama, à noite, até pegar no sono (comprei até uma luminária para ficar perto, assim basta só esticar o braço para apagar a luzinha - já que ainda não moro numa casa high tech com luzes que se apagam com palmas);
- Leio no ônibus, mesmo quando estou em pé, e o ônibus, lotado;
- Eu tinha a mania de ler tudo até o final, mas agora só leio o que gosto;
- Sou curiosa para saber o que os outros estão lendo em locais públicos;
- Costumo variar os assuntos. Quando leio um livro leve, vou para um pesado; se leio um de ficção, em seguida uma biografia;
- Tenho vários marcadores de página espalhados por aí, mas não comprei nenhum (acho besteira comprar);
- Eu não consigo dobrar as páginas e nem virar o livro, para ver uma página de cada vez;
- Não leio o mesmo livro por mais de uma vez;
- Gosto de dar livros, e normalmente os livros que dou de presente são mensagens que quero passar para as pessoas;
- Gosto de ganhar livros, mas normalmente eles não são os que eu realmente gostaria de ganhar (talvez as pessoas estejam querendo me dizer algo também).